segunda-feira, 5 de abril de 2010

Boletim Casa das Áfricas

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História

Em memória às vítimas do Massacre de Sharpeville

Angola Press

Assinalou-se, no dia 21 de março, o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em memória às vítimas do Massacre de Sharpeville, um bairro sul-africano da província de Gauteng. Em 21 de Março de 1960, vinte mil negros protestavam contra a “Lei do Passe”, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam se movimentar no país. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou na multidão e o saldo da violência foi de 69 mortos e 186 feridos. Desde esse triste dia, registraram-se profundas alterações no contexto das nações, continuando no entanto a manifestar-se, nas mais diversas formas, a discriminação racial. A Declaração Universal dos Direitos do Homem, implementada em 1948, no seio da ONU, estabelece regras que, sendo cumpridas, não permitem a discriminação racial. É no aprofundamento destes conceitos que devem assentar as formas de luta em prol de uma universalidade de direitos e deveres, onde não haja mais lugar para formas de discriminação, sejam elas quais forem. (foto: protesto em Sharpeville, 1960) Leia mais

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A África do Apartheid. A esteira de Sharpeville Kaosenlared

Saúde

Aparelho a laser no combate à malária para áreas rurais sem eletricidade?

Sonia Shah

Nathan Myhrvold é ex-chefe de tecnologia da Microsoft e fundador de uma organização privada que investe em "inventos puros". Na TED anual deu uma conferência dedicada a exaltar a tecnologia e explorar a desgraça de milhões de mulheres e famílias africanas para cobrir o seu negócio com um manto de necessidade moral. "A cada 43 segundos uma criança morre de malária", disse ele à multidão e apresentou a sua mais recente invenção: um sistema de armamentos no estilo de Star Wars em miniatura capaz de seguir os mosquitos em pleno voo e abatê-los com raios laser. E... pronto: esta-se a caminho de erradicar a malária na África para sempre. Naturalmente, isso nunca vai funcionar. Muitas clínicas rurais na África nem sequer têm redes mosquiteiras nas janelas, como conseguiriam instalar sistemas contra mosquitos a laser? Nas aldeias onde a malária é endêmica não há electricidade e alguns não têm sequer água encanada. Essa é a razão pela qual a campanha internacional para combater a malária "Paremos a malária" há anos tenta generalizar outras medidas. Como a distribuição de medicamentos baratos, que não precisem de refrigeração, e mosquiteiros para as camas. (foto: aparelho a laser para eliminar mosquitos da Intelectual Ventures) Leia mais

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Direitos Humanos

A homofobia divide a África

afrol News

As leis homofóbicas em Uganda e o julgamento de dois homossexuais no Malawi são apenas dois exemplos que demonstram uma tendência conservadora em relação às minorias sexuais na África. Mas em outros países, principalmente na África do Sul, gays e lésbicas gozam de uma grande liberdade. As atuais reações conservadoras frente à homossexualidade se concentram em uma faixa que se estende da Etiópia a Zimbábue, incluindo a maioria dos países da África Austral e Oriental. Tudo indica, à primeira vista, que se trata de uma guerra de valores entre a África e as nações ocidentais. Na verdade, a questão dos direitos dos homossexuais na África está, em grande medida, avançando. Malawi é um exemplo de uma sociedade pr ofundamente conservadora, onde a religião tradicional se mistura com os valores da Igreja anglicana, formados durante a era colonial. Em Moçambique, Zimbábue e Zâmbia, organizações nacionais de direitos humanos apresentaram pela primeira vez a questão à opinião pública. Nos países da África Oriental, isso tem sido mais difícil por causa das fortes campanhas políticas e religiosas contra a homossexualidade. Este ano, no entanto, todos os países da região têm observado o surgimento de suas primeiras organizações nacionais em defesa dos direitos dos homossexuais. (foto: casal, preso por casamento gay no Malawi, espera audiência para fiança) Leia mais

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Uganda: Homossexuais fugitivos em seu próprio país Evelyn Matsamura Kiapi

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Dois assuntos muito interessantes neste Boletim de Abril: o Massacre de Sharpeville e a Homofobia na África. Vale a pena dar uma olhada.

Forte abraço, Carlos.

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